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A nova revolução das proptechs no mercado imobiliário

São Paulo, Novembro de 2022 – Com um valor que movimentou cerca de 194,02 bilhões em 2022, segundo dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o setor imobiliário brasileiro é considerado uma das áreas mais importantes da economia do país. No entanto, também é conhecido por ser resistente a mudanças e, hoje, ainda está em estágios iniciais de adoção de tecnologia, especialmente quando comparado a outras indústrias. 

Por outro lado, as tendências que estamos vendo agora em 2022 e que deverão se expandir para o próximo ano são, predominantemente, lideradas por transformações nas tendências demográficas e comportamentos de compra que estão apresentando uma infinidade de oportunidades para startups e empresas de proptech entrarem em cena.

Essas startups têm como objetivo ajudar todos os tipos de partes intersetoriais do segmento, sejam elas incorporadoras, investidores, proprietários de terras ou inquilinos, a gerenciar melhor seus ativos, simplificando e melhorando a ampla gama de processos envolvidos em imóveis. Esse processo pode ser tão simples quanto reduzir a papelada para gerenciamento de propriedades ou simplificar transações. 

As inovações das proptechs já estão fazendo mudanças significativas no setor, nas resoluções de processos burocráticos tanto para clientes quanto para incorporadoras, imobiliárias e construtoras, seja a inacessibilidade do fornecimento limitado a processos manuais tediosos, falta de flexibilidade ou até mesmo investimentos para a compra do primeiro imóvel. 

Por isso mesmo, diversas proptechs estão trabalhando ao lado com muitos outros setores, tais como as fintechs (startups de tecnologia financeira que utilizam softwares digitais inovadores para prestação de serviços financeiros); as smarts real estates (envolvendo tecnologias e sistemas emergentes que ajudam a administrar casas e cidades inteligentes); e até mesmo contechs (o crescente conjunto de softwares e produtos de tecnologia de construção que estão mudando a forma como os edifícios são feitos). A partir disso, a noção de que essas empresas são um fenômeno verdadeiramente global, é difundida na grande parte dos investidores imobiliários, fazendo com que ainda mais empresas e startups utilizem seus esforços para solucionar os diferentes pontos problemáticos e lacunas desse mercado. 

Em meio a tudo isso, as startups imobiliárias trazem também uma nova proposta inovadora de não apenas oferecer suporte aos seus próprios clientes, mas ao ecossistema como um todo. No momento em que, estejam atuando na criação de valor e de novas tecnologias que ofereçam melhores ferramentas e serviços, o resultado proposto a ser encontrado será a redução de tempo e dinheiro através do uso de automação digital.

Assim há a oportunidade de impactar positivamente os negócios, por meio de relatórios de análise baseados em dados podem ajudar os agentes a informar de forma quase que instantânea os clientes sobre imagens mais precisas e vívidas da situação de uma propriedade, além de prever preços de imóveis em x anos mediante aos seus enormes conjuntos de informações que podem chegar a 90% de precisão, de acordo com os dados da McKinsey.

Não apenas isso, mas muitos softwares de proptech estão atuando diretamente na disponibilização de poderosos subsídios de análises que podem melhorar drasticamente o processo de prospecção de residências, ao mesmo tempo, em que refinam os requisitos do público e os perfis dos compradores-alvo. Esses processos visam reduzir as chances de erro manual ou de dados perdidos, o que explica o porquê de as pessoas estarem contratando mais e mais startups de imóveis para a tomada de decisão. 

É um enorme impacto positivo em operações e serviços gerais dessas empresas, graças ao uso da tecnologia. As proptechs – enquanto um setor em expansão – ainda é uma tendência relativamente nova, mas cujo escopo certamente deverá evoluir à medida que novas necessidades e públicos-alvo continuem a surgir.

Por Aram Apoviam - CEO e Cofundador da aMORA

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Fonte: Jornal Tribuna, 14 de dezembro de 2022